O que era para durar cinco dias em novembro, durante a semana da Black Friday, foi ampliado até o Natal, com resultados que só agora o Vasco dimensiona.
O desconto de 50% nos seis primeiros meses de associação para incentivar a adesão de vascaínos ao programa de sócio-torcedor do clube terminou na última quarta-feira e a diretoria estima receber até R$ 13 milhões decorrentes do sucesso da campanha.
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O cálculo é feito em cima de um número de 150 mil novos sócios ? o quadro era de cerca de 33 mil antes da campanha e atualmente está perto dos 185 mil.
Cada um desses novos associados representa uma receita média para o clube de R$ 100. Levou-se em consideração o plano de R$ 12,49, multiplicado por seis meses e acrescido da taxa de adesão de R$ 25. São descontados desse valor a taxa da Feng, empresa que opera o programa de sócio-torcedor vascaíno, e a taxa referente aos pagamentos em cartão de crédito.
A ideia da diretoria, ao ampliar a promoção depois da última rodada do Brasileiro, era estimular a torcida a chegar à marca de 200 mil sócios-torcedores, mas o número não foi alcançado e nos últimos dias a quantidade de sócios se manteve praticamente estável.
Na opinião de fontes ligadas ao clube, alguns fatores pesaram para isso, como a não renovação do contrato do técnico Vanderlei Luxemburgo, que migrou para o Palmeiras e logo foi substituído por Abel Braga. O principal problema identificado para a desaceleração, porém, foram os problemas financeiros atravessados neste fim de mês, com penhoras sobre receitas do clube e as notícias dos salários atrasados de jogadores e funcionários.
Ainda assim, o saldo é considerado altamente positivo. A mobilização da torcida, além de gerar uma receita limpa e livre de penhoras para São Januário, criou uma agenda positiva para a imagem do clube, que pôde clamar para si a liderança nos números absolutos de sócios-torcedores do futebol brasileiro.
Além disso, o movimento se transformou em um novo trunfo vascaíno nas negociações de futuros patrocínios. Um exemplo é a conversa com a rede varejista Havan, de propriedade do empresário Luciano Hang, cujo acerto foi acelerado depois da repercussão da campanha. O acordo de patrocínio valerá por um ano, com a marca estampada nas mangas da camisa.
Vale destacar que o Vasco trabalha, em caso de necessidade, com a antecipação de recebíveis do programa de sócio-torcedor, graças à parceria com a Feng. Ou seja: não necessariamente o dinheiro arrecadado com os associados entrará na conta do clube.
Fonte: O Globo